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A Intertextualidade e o Plágio

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Por: Dama Góes

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    A Intertextualidade e o Plágio são termos que, apesar de ser confundidos por muitos, têm uma diferença que - se for ignorada - pode causar sérios problemas.

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PLÁGIO

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    O plágio obviamente é ilegal, um problema jurídico, pois é quando alguém copia trabalho de outrem e rouba seu crédito pela autoria. O plágio é uma afronta aos direitos autorais, por isso é necessário tomar todo o cuidado ao produzir um texto com uma intertextualidade implícita (quando não há citação da fonte), pois pode ser confundida com plágio. Existem pelo menos 5 tipos de plágio:

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  • Direto ou Integral

      Segundo Ken Kirkpatrick. é "copiar palavra por palavra sem indicar que é uma citação e sem fazer referência ao autor".

 

  • Parcial

      É a “colagem” resultante da seleção de parágrafos ou frases de um ou diversos autores, sem menção às obras, segundo Lécio Ramos;

 

  • Conceitual

     Lécio Ramos também diz que é “a utilização da essência da obra do autor expressa de forma distinta da original”;

 

  • Plágio Mosaico

     Para Ken Kirkpatrick, é o tipo de plágio mais comum, e acontece quando o plagiador não faz uma cópia direta da fonte, mas muda umas poucas palavras em cada frase ou levemente reformula um parágrafo, sem dar crédito ao autor original.

 

  • Autoplágio

     Consiste na apresentação total ou parcial de textos já publicados pelo mesmo autor, sem as devidas referências aos trabalhos anteriores.

 

INTERTEXTUALIDADE

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    A intertextualidade nada mais é do que a influência de um texto sobre outro texto. Ela é bem comum, nos deparamos com ela quase que diariamente e é provável que tenhamos produzido um intertexto inconscientemente. A intertextualidade pode ser explícita ou implícita.

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  • Intertextualidade Explícita:

    A explícita obviamente é quando a fonte na qual se baseou e o autor ficam evidentes no texto, e isso ocorre de forma obrigatoriamente proposital.

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Vejamos a seguir um exemplo de intertextualidade explícita:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

    A intertextualidade no exemplo acima está evidente ao notarmos a referência à obra “Monalisa”, de Leonardo Da Vinci.

 

  • Intertextualidade Implícita:

   Este tipo de intertextualidade demanda atenção, pois neste caso não se encontra a referência, e o autor da intertextualidade conta com o conhecimento prévio do leitor ou receptor. É muito comum em paródias e textos irônicos.

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Exemplo:

“Minha terra tem macieiras da Califórnia

Onde cantam gaturamos de Veneza

Os poetas da minha terra

São pretos que vivem em torres de ametista

(...)

Ai, quem me dera chupar uma carambola de verdade

E ouvir um sabiá com certidão de idade!”

 

     O texto acima é um trecho do poema “Canção do Exílio”, de Murilo Mende, que, apesar de não citar o texto original, é uma clara referência ao texto “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias, e busca satirizar o Brasil, dizendo que nada aqui é original, sendo que o texto primário busca exaltar as belezas das terras e da natureza brasileiras.

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Fonte da Imagem: www.escolakids.uol.com.br
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