Se tem algo que é um "troço" perigoso é essa tal de paixão. Uma das suas definições no dicionário é:
1 Emoção ou sentimento muito forte (amor, ódio, desejo, etc), capaz de alterar o comportamento, o raciocínio, a lucidez.
Essa definição, por si só, já explica muita coisa.
Segundo a ciência, a paixão faz com que o cérebro aumente a produção de neurotransmissores, como por exemplo a dopamina, provocando um efeito muito semelhante ao causado pela cocaína.
É chocante, não é mesmo? Mas é exatamente o que acontece: ficamos VICIADOS na paixão ou pelo objeto de nossa paixão.
Desde que comecei tais estudos, passei a controlar as paixões que surgem pelo caminho e a tomar muito cuidado. E eu não estou falando só de paixões em relacionamentos amorosos, mas sim em qualquer forma que ela ouse aparecer.
Trazendo isso para um cenário político da atualidade, eu tenho observado os efeitos nocivos de uma paixão desenfreada por uma ideia, um viés político ou até mesmo um(a) candidato(a).
E o pior é quando se “apaixona” por uma ideia que não reflete a realidade. Na política, isso pode ter efeitos avassaladores e quem paga é a sociedade.
A paixão é tanta que gera uma confiança ABSURDA - mesmo que não tenha fundamento - levando os apaixonados a crer em notícias falsas sem verificar a fonte, por exemplo.
Também leva os mesmos apaixonados a relevar defasagem claras de caráter sobre a pessoa por quem se “apaixona”.
Esta paixão induz a defender cegamente sem antes pesquisar dados confiáveis, e o pior, a votar de forma completamente passional, sem ponderar, questionar, desconfiar e investigar.
Cuidado: Não deixe a paixão te cegar. Não seja uma presa tão fácil.
Respire fundo e busque dentro de si o equilíbrio entre a razão e a paixão. Não só na eleição, mas por toda a vida.
E eu preciso lembrar sempre:
• Verifique a Fonte;
• Política e religião não se misturam;
• Político não é celebridade;
• NINGUÉM, nem família, nem líderes religiosos têm poder sobre seu voto e não podem interferir. O voto é SEU, é SECRETO, vote em quem quiser!
Um beijo virtual nada apaixonado e obrigada por ler até aqui!
Referências:
* AULETE, Caldas. Minidionario Contenporâneo da Língua Portuguesa, 3ª Ed, Editora Lexikon, Rio de Janeiro, 2011
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